Milhares de cópias de si mesmo? Mil vezes maior no cérebro do que na placenta? É necessário mais estudos, pois segundo estudos já existentes, “é possível ele se replicar mesmo depois da criança ter nascido”. Muito sério! E olha que o verão nem começou, onde as chances de proliferação do mosquito transmissor é bem maior.
Conheçamos a matéria:
Especialistas americanos concluíram também que o vírus fica mais de sete meses, após a mãe contrair a infecção, no cérebro do feto e na placenta
Novas evidências apontam que zika é mais perigosa para os fetos quando a mãe contrai o vírus no início da gravidez
Cientistas Americanos descobriram que o zika vírus consegue fazer milhares de cópias de si mesmo no cérebro de fetos e na placenta de mulheres grávidas, o que pode explicar as malformações e casos de abortos espontâneos mesmo que a mulher só tenha apresentado sintomas leves
O estudo foi liderado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês), dos Estados Unidos, e publicado nesta terça-feira (13). Os especialistas concluíram também que a zika fica mais de sete meses, após a mãe contrair o vírus, no cérebro do feto e na placenta.
Analisando o quadro de uma criança com microcefalia causada pelo vírus e que morreu dois meses após o nascimento, foi descoberto que o nível de zika era mil vezes maior no cérebro do que na placenta.
Nossos resultados mostram que a zika pode continuar a se replicar nos cérebros dos bebês, mesmo após o nascimento, e que o vírus pode persistir em placentas por meses - muito mais tempo do que esperávamos", afirmou em nota Julu Bhatnagar, chefe da equipe de patologia molecular em doenças infecciosas dos CDC e principal autora da pesquisa.
Os especialistas não sabem quanto tempo o vírus continua afetando o paciente, entretanto, é possível saber que quanto maior o período, maior risco de complicações na criança. “Mais estudos são necessário para compreender completamente o efeito do vírus em bebês.”
Foram analisados os tecidos de 52 pacientes com suspeita da infecção, incluindo oito bebês com microcefalia que acabaram morrendo. Os especialistas estudaram também a placenta de 44 mulheres – 22 que tiveram complicações na gestação e outras 22 com bebês aparentemente normais. A maioria, era americanos que viajaram para países com a epidemia. Já os bebês que morreram eram do Brasil e da Colômbia.
Gravidez
O estudo também apontou novas evidências de que a zica é mais perigosa para os fetos quando a mãe contrai o vírus no inicio da gravidez. Entre outras descobertas, todas as mães de crianças com microcefalia fatal afirmaram que contraíram a infecção no primeiro trimestre de gravidez.
Link deste artigo: http://ultimosegundo.ig.com.br/igvigilante/saude/2016-12-14/zika-cdc.html
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